Velocidade da evolução tecnológica, que torna equipamentos e programas rapidamente obsoletos, cria obstáculos à longevidade dos documentos digitais
Apesar da ameaça da perda de documentos digitais trazida pela obsolescência, ainda não há solução definitiva para o problema. (Foto: Tom Page/Flickr CC BY 2.0) |
Por: Henrique Machado dos Santos e Daniel Flores
Com o surgimento das tecnologias da informação e comunicação, a sociedade contemporânea experimentou mudanças significativas em seus hábitos. Em relação ao registro de informações, por exemplo, observa-se uma evolução nos mecanismos de escrita, armazenamento e acesso.
Segundo os pesquisadores José Osvaldo De Sordi, do Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (São Paulo), e Renato Tarciso de Sousa, da Universidade de Brasília, a tecnologia da informação levou ao aumento do volume de dados registrados pelas sociedades humanas. Há uma dependência dessa quantidade exacerbada de informações, consideradas fundamentais para o exercício de diversas funções, tanto no setor público, quanto no privado.
A informação, quando registrada em um suporte, configura a existência de um documento, que pode ser, por exemplo, um memorando, um ofício, uma ata ou uma fotografia. Tradicionalmente, as informações eram registradas somente em suportes convencionais, como o pergaminho, o papiro e, mais recentemente, o papel, que foi difundido em escala global, tornando-se um padrão universal.
Entretanto, a inserção das ferramentas de tecnologia da informação e comunicação, principalmente no campo administrativo e de pesquisa, possibilitou a expansão do registro da informação, que começou a ser armazenada também em suportes eletrônicos, como a fita magnética, o disco rígido, o CD e o DVD, todos acessíveis somente por meio de um equipamento eletrônico.
Fonte: Ciência Hoje On-line