quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Eles querem medalhas


Delegação brasileira na IX Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, na Indonésia.
(Foto: Acervo pessoal / Gustavo Rojas)

Todos os anos, olimpíadas de ciências engajam estudantes do Brasil em diferentes áreas da ciência – uma maneira divertida e eficaz de envolver os jovens em disciplinas como matemática e física, entre outras.

Por: Valentina Leite

Das muitas iniciativas que estimulam o contato de estudantes com a ciência, talvez possamos colocar as olimpíadas científicas entre as mais importantes e divertidas. Matemática, história, neurociência: no Brasil e no mundo, esses eventos cobrem as mais diversas áreas de pesquisa para despertar, desde cedo, o interesse de jovens de escolas públicas e privadas pelo conhecimento científico. Não raro, revelam entre os estudantes um talento especial para esta ou aquela área da ciência – um exemplo recente foi a performance da equipe brasileira na IX Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA, na sigla em inglês). Em agosto, o grupo voltou da Indonésia, que sediou a competição, com quatro menções honrosas. [...]


Olimpíadas no Brasil


Todos os anos, olimpíadas científicas movem centenas de milhares de estudantes brasileiros, de escolas públicas e privadas. Além de participar de eventos internacionais, os estudantes tomam parte nas muitas competições realizadas em âmbito nacional, estadual ou municipal. Este movimento não é novo – a Olimpíada Paulista de Matemática, uma das mais antigas, foi criada em 1977 –, mas parece estar ganhando cada vez mais força por aqui. O portal Olimpíadas Científicas, organizado por estudantes de graduação, lista 26 competições principais. No entanto, é difícil mapear com precisão todas as iniciativas.
Este movimento não é novo – a Olimpíada Paulista de Matemática, uma das mais antigas, foi criada em 1977 –, mas parece estar ganhando cada vez mais força

Uma das mais conhecidas é a Olimpíada Brasileira de Matemática, organizada pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada, em que alunos a partir do 6º ano do ensino fundamental tentam resolver problemas criativos que cubram as áreas de álgebra, geometria, análise combinatória e teoria dos números. Para preparar os 500 mil estudantes que se inscrevem todos os anos, a revistaEureka distribui nas escolas participantes material de auxílio aos alunos, com exercícios e provas anteriores corrigidas.

“Nosso objetivo é aliar a matemática a temas do cotidiano, estimulando um ensino menos burocrático, como o que geralmente se vê nas escolas”, aposta Carlos Gustavo Moreira, coordenador do evento. “Não queremos repetição de fórmulas e nem memorização de ‘macetes’ – a ideia é fazer o aluno pensar”.


Fonte: Ciência Hoje On-line