sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Atuários são muito bons em números, mas precisam melhorar na comunicação

4º Encontro Nacional de Atuário debate o papel do atuário na gestão dos negócios


Vistos, muitas vezes, por familiares, colegas de trabalho e por eles mesmos, como nerds apaixonados por números e com pouco interesse em sociabilização, os atuários têm um importante papel dentro das organizações do mercado segurador, mas que pode, eventualmente, ser comprometido por essas características.

Foi justamente em cima dessa reflexão que a superintendente Atuarial de Produtos e Reservas da SulAmérica, Glaucia Carvalho, pautou sua palestra “O papel do atuário na gestão dos negócios”, apresetada em 16 de setembro, no segundo dia do 4º Encontro Nacional de Atuários, realizado simultaneamente à 7ª Coseguro, em São Paulo.

“Atuários têm precisão, raciocínio lógico e meticulosidade, mas precisam aperfeiçoar a comunicação, a clareza e a criatividade”, afirmou, baseada em pesquisa sobre o tema. Para isso, sugere ela, os relatórios que produzem devem, sempre que possível, recorrer a modelos de gráficos visualmente mais interessantes que amontoados de números, tornando os documentos mais simples e de fácil compreensão. “Como gostamos de números, tendemos a achar que todos gostam, mas nem sempre isso é verdade”, alertou.

E nesse processo de buscar a simplificação da comunicação, além de ganharem as empresas, que podem utilizar mais eficientemente os dados trazidos pelo profissional, ganham também os atuários, que nesse processo têm muito mais chances de conseguir influenciar e, também, aprender, já que a comunicação torna-se mais profunda. Além disso, se o profissional é competentíssimo, mas não se comunica bem, aquele com essa habilidade, ainda que não tão competente, se sobressairá.

E lembrando um exemplo de boa comunicação, Luciana Bastos, da Ictu Hartford e mediadora do painél, citou a peça de teatro “Suse, Peres, a atuária Natália, e o sonho de Prêmio”, criada, dirigida e encenada pelo grupo Ensino em Cena por encomenda da Cnseg e da Susep para a 2ª Semana Nacional de Educação Financeira, que aconteceu em março deste ano em todo o Brasil. Segundo Luciana, a peça, que foi exibida em dezenas de escola em todo o País, é “fantástica”, explicando o segurês e o papel do atuário de forma simples. “Gostaria que meu filho tivesse visto”, afirmou, concluindo o painel.


Fonte/Autoria: CNseg