quinta-feira, 22 de maio de 2014

Criptografia caótica

O monumento ao centro foi erguido na Polônia em homenagem aos criptógrafos 
poloneses que quebraram o código da Enigma, máquina de criptografia 
usada na guerra pela Alemanha nazista (Foto: Ziko – CC BY-SA 3.0)
“A criptografia é a arte de embaralhar uma mensagem”, diz Odemir Martinez Bruno. Em entrevista ao repórter Fred Furtado, o cientista da computação do Instituto de Física de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), fala sobre diferentes formas de tornar uma mensagem ininteligível, para que seja decifrada apenas por seu destinatário de direito. 

Martinez Bruno conta que a técnica começou a ser desenvolvida mais de dois mil anos atrás, usadas por exércitos romanos, pelos gregos, pelos generais de Esparta. Ela se sofistica a partir do advento do rádio e tem papel importante nas grandes guerras do século XX.

Hoje, porém, é no dia a dia que desempenha seu papel mais importante, sendo essencial para garantir a segurança das transações comerciais nos meios eletrônicos.

“Em vez de evitar que os inimigos de guerra interceptem as nossas mensagens, o que queremos agora é evitar que elas sejam interceptadas por hackers ou pessoas interessadas em roubar informações bancárias”, diz o pesquisador.

A ciência é estudada pela computação, pela matemática e pela física, explica ele, e o desafio é sempre desenvolver técnicas mais sofisticadas – do outro lado, os ‘criptoanalistas’ estarão sempre buscando métodos mais complexos para quebrar os códigos.

Enquanto os sistemas mais usuais costumam se basear em operações matemáticas simples, o grupo do pesquisador no Instituto de Física de São Carlos desenvolveu um novo método apoiado na teoria do caos. O sistema já foi patenteado e está sendo negociado pela Agência de Inovação da USP.

Veja a entrevista completa no Revista Ciência Hoje On-line.