Aos 95 anos, o pernambucano Daniel Lima escreveu 27 livros, de filosofia e poesia, mas nunca tentou publicá-los. Até que uma ex-aluna de seu curso de estética na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Lú Zilá Gonçalves, “roubou” quatro deles e os levou à Companhia Editora de Pernambuco (Cepe), cujo conselho editorial integrava. Só contou ao professor que eles seriam reunidos numa publicação, “Poemas”, às vésperas do lançamento. Ontem, deu outra surpresa ao poeta, que está internado para exames em Recife: Lima ganhou o prêmio de literatura da Biblioteca Nacional, na categoria poesia.
O segundo lugar foi para Marcos Vinicius Quiroga, com a obra “Gullar Gullar” (Editora Clara Comunicação), e o terceiro, para Cláudia Schroeder, por “Leia-me toda” (Dublinense). O vencedor de cada categoria receberá R$ 12,5 mil — Alberto Mussa ganhou o prêmio de melhor romance, e Sérgio Sant’Anna, de livro de contos — e a cerimônia de premiação será na quinta-feira, dia 15, às 19h, na Biblioteca Nacional.
Matéria completa publicada no Prosa & Verso - O Globo
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