quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Ativismo pela Internet: O fim das organizações?



Por Marisa Von Bülow 

Em janeiro de 2011, a jovem egípcia Asmaa Mahfouz postou um vídeo na Internet convocando a população a protestar na Praça Tahrir. Esse vídeo “viralizou” e a até então desconhecida Asmaa ficou tão famosa que, no final daquele ano, foi uma das cinco ativistas a ganhar o Prêmio Sakharov para Liberdade de Pensamento do Parlamento Europeu. Em junho de 2013, no Brasil, alguns indivíduos ganharam fama da noite para o dia porque criaram páginas de eventos no Facebook, convocando para protestos que tiveram massiva adesão.

De fato, as novas ferramentas de comunicação oferecidas pela internet têm ampliado muito as possibilidades de ativismo político dos indivíduos. Não é preciso ser filiado a um partido político, participar em um movimento social, ou criar uma ONG. Ainda melhor: não é preciso esperar a vez para falar em intermináveis reuniões e assembleias. Aliás, não precisa nem sair de casa. Basta teclar uma mensagem no seu computador e compartilhá-la com o maior número possível de pessoas.

Essa visão sem dúvida simplista do uso da internet tem sido o foco de muitos debates nos últimos anos, à medida que observamos mais experiências de ciberativismo e ganhamos uma melhor compreensão dos seus impactos. Nesses debates, uma das questões mais discutidas é o futuro das organizações da sociedade civil.

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Fonte: Observatório da Imprensa (Em 11/11/2014 - Edição 824)