terça-feira, 29 de abril de 2014

Coral exótico que destrói espécies nativas é tema de audiência no Rio


Uma espécie de coral trazido por plataformas de petróleo estão matando as espécies nativas da costa fluminense, segundo o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ). O coral-sol entrou nos mares brasileiros preso a plataformas de petróleo e gás encomendadas pela Petrobras, que passaram pelo Estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis, na Costa Verde.

O MPF-RJ promoveu ontem (28/04) uma audiência pública para discutir e melhor compreender a proliferação do coral, que já invadiu a costa de Angra, Paraty, Mangaratiba, Rio, Niterói, Arraial do Cabo e Búzios. Para uma das idealizadoras da audiência, a procuradora Monique Cheker, não houve divergência no encontro quanto à existência da espécie invasora e dos danos causados por ela, mas sim quanto aos métodos utilizados para combatê-la. “Algo tem que ser feito de forma efetiva e com prioridade. Não adianta fazer pesquisas com término de cinco a dez anos, se temos um problema hoje para resolver”, declarou a procuradora. “O MPF vai considerar os estudos com métodos imediatos e eficazes para cada uma das regiões já afetadas”, completou ela.

Participaram do encontro moradores, pescadores e políticos das regiões afetadas, representantes da Petrobras, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade, (ICMBio), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, Estaleiro Brasfels, da mineradora Vale, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e do Consórcio Projeto Coral-Sol. Os representantes da Vale e da Petrobras apresentaram projetos de limpeza subaquática da bioincrustação do coral-sol. Moradores de Ilha Grande alegaram que comunidades tradicionais de pescadores estão sofrendo com a invasão.

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Fonte: Diário de Pernambuco On-line