Integração foi a palavra de ordem do 6º Fórum Mundial de Ciência, que se encerrou na última quinta-feira (27/11) no Rio de Janeiro. Integração entre a comunidade científica global, entre as disciplinas no ensino, entre ciência e sociedade, entre cientistas e indústria e, por fim, integração global por uma conduta ética na ciência. O clamor cooperativo não ficou de fora da declaração final do evento.
O texto, escrito com base em tudo o que foi discutido ao longo da semana, enfatiza a necessidade de um novo modelo transdisciplinar de desenvolvimento baseado na ciência para enfrentar os crescentes desafios rumo ao desenvolvimento sustentável global – entre os quais o crescimento populacional, as mudanças climáticas, a escassez de energia e água, a desigualdade social e a pobreza.
Como primeira recomendação para resolver esses problemas, o documento cita a importância de se investir na cooperação científica internacional e em ações nacionais coordenadas para o desenvolvimento sustentável global. Durante o evento, esse tipo de cooperação foi amplamente discutido.
A educação é outro dos pontos fortes do documento, que bate na tecla da interdisciplinaridade e recomenda o fomento de iniciativas de cooperação internacional para aumentar a mobilidade de estudantes pelo mundo.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, também atentou para esse ponto e citou como exemplo de experiência bem-sucedida o programa do governo federal Ciência Sem Fronteiras, que promove o intercâmbio de estudantes de graduação em universidades estrangeiras por meio de bolsas.
Fonte: Ciência Hoje On-line