Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas (SP) (Foto: Hector Carvalho/ Wikimedia Commons – CC BY-SA 3.0) |
Integração, educação e inovação são alguns dos desafios para o desenvolvimento sustentável que podem ser vencidos com o auxílio da ciência. Por isso mesmo as três frentes são tema de uma declaração e um documento lançados na última quinta-feira (21/11) por cientistas brasileiros e de demais países da América Latina e do Caribe.
A iniciativa vem no embalo das discussões do Fórum Mundial de Ciência, um dos maiores eventos da área e que ocorrerá pela primeira vez no Brasil na semana que vem, no Rio de Janeiro. Na ocasião, pesquisadores e tomadores de decisão do mundo todo se reunirão para refletir sobre políticas científicas de impacto global. Mas o debate não esperou até lá.
As reflexões que norteiam o encontro começaram no ano passado com uma série de sete conferências realizadas em capitais brasileiras. Dessas reuniões, resultaram um sumário com as principais conclusões alcançadas e a recém-lançada declaração, com recomendações para as ações futuras de ciência, tecnologia e inovação.
Ambos os documentos, anunciados em um evento preparatório para o fórum realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), chamam a atenção para a necessidade de integração da ciência na América Latina e Caribe.
Para os cientistas, uma das maneiras de alavancar o desenvolvimento científico regional é a criação e intensificação de laboratórios multiusuários que recebam pesquisadores de diferentes países latinos e promovam o intercâmbio de conhecimentos.
Segundo o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) Luiz Antonio Elias, o Brasil já conta com pelo menos quatro laboratórios desse tipo. Os principais são o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas (SP), que recebe pesquisadores internacionais, e o Reator Multipropósito, que está sendo construído em Iperó (SP), com tecnologia argentina e brasileira, para ser compartilhado por países latino-americanos.
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